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Alfabecantar

Alexandre Herbetta

O projeto Alfabecantar: cantando o Cerrado vivo tem origem em 2012 no âmbito do Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Goiás. É desenvolvido de maneira colaborativa por pensadorxs, docentes, músicos, musicistas, indígenas e não indígenas. Busca problematizar e propor materiais didáticos e paradidáticos para uso em escolas indígenas (e não indígenas), elaborados a partir de outras bases epistêmicas, relacionados aos campos do multiletramento e da interculturalidade crítica. Desta maneira colabora para a superação de antiga lacuna (ainda presente) no campo da educação escolar indígena, qual seja a da produção de materiais didáticos contextualizados. Da mesma forma, busca gerar reformulações curriculares profundas para que o currículo das escolas indígenas tenha como base distintas epistemologias, particulares a cada povo originário. Busca promover, igualmente, um amplo processo de interaprendizagem entre as pessoas envolvidas, e entre elas e seus territórios.

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Os materiais apresentados aqui seguem também o processo de efetivação de novas práticas pedagógicas musicais e de reformulações curriculares efetivadas por professoras e professores Krahô e Apinajé, povos originários Timbira do Brasil Central. Os Timbira, falantes de línguas Jê, são constituídos, ainda, pelas populações Krikati, Gavião Pykobjê, Gavião Parkatejê, Canela Apanjekra e Canela Ramkokamekra, e vivem em seus territórios entre o nordeste do Tocantins e o sul do Maranhão, estendendo-se até o Pará.

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A coleção Alfabecantar: cantando o Cerrado vivo busca refletir, portanto, sobre as possibilidades e condições de práticas pedagógicas musicais e decoloniais na escola e além dela, e estimular a construção de novas matrizes curriculares, pautadas nas potencialidades presentes nos conhecimentos dos povos originários, que articulando-se a outros saberes, podem colaborar na construção de outras escolas. Busca também colaborar com a constituição de outro mundo possível. Vivo. Trata-se de alfabecantar.

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Link para o projeto: https://alfabecantar.com.br

Descrição dos materiais: Pesquisa colaborativa, Registro em áudio, imagens e escrita (em português, mehi yarkwa e panhi kaper), produção de audiolivros e plataforma virtual.

Sobre o autor

Alexandre Herbetta é Professor Associado da Universidade Federal de Goiás, atuando no Núcleo Takinahaky de Formação Superior Indígena, onde é vice-coordenador e no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Goiás (UFG). É pesquisador do Centro de Práticas e Saberes Decoloniais/NTFSI e do IMPEJ - Núcleo de Etnologia Indígena/PPGAS/UFG. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPQ, coordenador do Programa de Estágio Docência Supervisionado do Curso de Educação Intercultural Indígena (NTFSI/UFG), membro da Sociedad Latinoamericana de Estudios Interculturales e membro da Comissão de Educação, Ciência e Tecnologia da ABA - Associação Brasileira de Antropologia.

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